domingo, 24 de agosto de 2008

Falando de fé


O céu não é o limite, palavras não impõem limites, muros e grades são invenções humanas. Invenções para afastar, para sustentar medos e receios, para alimentar a falta de fé.


Diante dos olhos de quem se permite, barreiras são esboços, ilusões. Por vezes elas aparecem, mexem contigo, mas tu prontamente as absorve como mais uma experiência para guardar na caixinha das peças bacanas do quebra cabeça da tua evolução.


Se tu olha para o céu e não enxerga limites, então tu tens a mesma visão que eu. As cores, a beleza, a pintura, a infinitude de possibilidades, a arte divina.


Algumas pessoas olham outras e vêem concorrentes, pedaços de carne e ossos ambulantes que não fazem diferença para a sua existência, a não ser que haja uma interação de fato. Outras pessoas conseguem sentir e ver uma história, uma bagagem ali, um ser lindo e merecedor de compartilhar o mesmo espaço e oportunidade.


A brisa que toca o teu rosto não te dá uma sensação de bem estar por acaso. Tomar um banho de mar não te deixa extasiado por que alguém disse que seria assim e pronto. Interagir com o que se apresenta ao teu redor não te faz agregar um mundo de possibilidades como que sem querer. Está tudo ligado. Tudo conectado. Nós sabemos, nós acreditamos nisso, mas criamos um mundo onde a realidade nos afasta disso. Nos afasta das nossas verdades. Nos afasta das nossas crenças. Nos afasta da nossa fé.


E reencontrar isso se torna uma grande busca.

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