quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

CONQUISTA


A grande busca inerente ao ser humano.


Houve um tempo em que seres humanos harmoniosamente conquistavam seres humanos.

Se contagiava, cativava. Interagia com o universo próximo a si. As relações eram intimistas, se motivavam, sim, por interesse, mas existia um método gradativo e cordial. Se conquistava a confiança. Se defendiam interesses e estes eram postos em palavras...e bastava.


Após esse tempo, chegaram novos tempos. E então os seres humanos conquistavam o mundo.
Se criou um mercado de dominação. A conquista foi marginalizada em todos os sentidos. A palavra foi substítuida por papéis e documentos. Os olhos abertos de quem via, permaneciam abertos para não deixar passar os movimentos alheios. A palavra "vantagem" ganhou novos atributos. Poder e medo viraram peças clichê do cotidiano.


E então vivemos os tempos modernos, tecnológicos, uma nova ordem, um novo progresso.
Não existe a possibilidade de ficarmos alienados à isso. Foi instaurada a comunicação em massa para garantir que todos não descarrilassem dos trilhos da informação. A consciência coletiva foi posta. As pessoas passaram a ter um modelo de como fazer, um modelo concreto e estático até segunda ordem. A publicidade tomou de vez o espaço de quarto poder e então a imagem passou a valer mais que o metal mais precioso. E se viu gente confinada com gente para milhões verem, por um punhado de dólares. Se viu a arte virando um apelo ao bizarro, permeando a busca do merchandising pessoal na era do individualismo narcisista.


O desafio foi maturado ao longo dos séculos até o seu ápice onde seu modelo mais sofisticado foi devidamente criado. Até onde o ser humano consegue chegar para conquistar?


Na antiguidade o homem criou a idéia de tempo. E o dividiu em ciclos. Ciclo este, que para nós ocidentais chega a mais um fim, e um novo começo.


É a entrada do ano de 2010, entrada do ano do tigre para os chineses, 5770 no calendário judaico, etc.


O costume coletivo neste momento é sempre o de desejar. As pessoas desejam paz, amor, dinheiro, mudanças, igualdade, união...e...conquistas.


Aqui vai o meu desejo para 2010. Que todos nós olhemos para si e busquemos aquelas coisas simples que imperceptívelmente foram se perdendo desde nosso nascituro. Nossa verdade, nossa pureza, nossa capacidade de construir, nossa essência. Proponho para 2010 uma RECONQUISTA para todos nós e de todos nós.


Para aqueles que acompanham as maluquices deste blog que compoem uma grande extensão dos meus pensamentos mais profundos...


...MUITA ILUMINAÇÃO e OBRIGADO.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Movimento...


Um objeto em meio ao nada não é nada.
Inexiste a possibilidade da interação.
Dois objetos em meio ao nada criam uma infinitude de possibilidades.
Se cria a possibilidade da interação.
Se cria a possibilidade do choque e da mutação.
Se cria a possibilidade do movimento.

Movimento...

Quais as possibilidades sem movimento?
O que pode existir sem movimento?
Que energia pode ser gerada sem movimento?
Que interação é possível na inércia?

O real movimento...


Alteração, mudança de realidade.

O que pode acontecer sem movimento.
Existe um som, um eterno som. Uma batida constante.
Mesmo em silêncio, ainda escutará uma insistente batida.
É o som do movimento, e ele permanece lá, indicando cinética, indicando vida.

Solidão. Estática.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ponto

É inevitável que tu te desencontre.

Quando tu encontra, tu junta.

Acha.

Choque. Confluência.

Fluência.

Embate.

Descoberta.

Conhecimento. Auto-conhecimento.

Pensamento. Idéias concretas.

Concreto.

Paredes. Muros.

Dois lados.

Dois mundos.

Um desencontro.

sábado, 14 de novembro de 2009

Um brinde

Quando tu aprende a andar sozinho...

O mundo se transforma ao teu redor.

Novos gostos preenchem teu paladar.

Quando tu aprende a andar sozinho...

Tu ensina, tu absorve...é um sinal de recepção e oferenda.

Acreditava que poderiam existir elementos únicos. Independentes de tudo. Mas comecei a entender a interação inevitável das coisas. A impossibilidade de sustentação de algo em si próprio, apenas.

Quando eu falar, alguém sempre vai escutar e de algum jeito responder. De uma forma ou de outra as ondas sonoras vão parar em algum lugar e gerar uma reação. Mas eu também posso falar comigo, apenas com meu pensamento como figura de linguagem e expressão e isto talvez não geraria reação exterior.
Mas e de onde vem essa voz, estas palavras imaginárias, este idioma...esta articulação silábica? Alguns diriam que se trata de obra divina...para fugir da real possibilidade de que as coisas podem simplesmente ter interagido e evoluido juntas numa interdependência, e que isso é fascinante. Mas isto iria contra as longas e milenares teorias de que tudo é porque é...e existe um dedo iluminado que num estalo fez tudo desta forma.

Porém...está feito. O meio já interagiu, influenciou. É uma cascata, uma bela cascata de informações contínuas e transformadoras.

É algo natural. E deveria se manter assim. Essa deveria ser a grande religião. A interatividade.

Pessoas se abrigam na comodidade oferecida por explicações sustentadas na forma de religiões, que habilidosamente colocam fatos como certos, imutáveis, pragmáticos e miraculosos. Isto faz com que as lacunas tenham uma explicação, mesmo que sem sentido e nenhuma harmonia.

É a fé. É a nova fé que se cria. A fé que costumava ser direcionada para o nosso redor. Era a fé que se tinha no amigo, a fé que o pai tinha no filho, era a fé que se tinha em alguém desconhecido que acabara de aparecer em nossa vida. Era essa fé.

Alguns mais alternativos e contrários a "nova fé" e suas representações religiosas, criam sociedades, ou meios independentes de viver em harmonia. O mundo moderno está cheio. Novos profetas e pensadores que abominam as religiões arcaicas.

E o que é religião? Um jogo de fé talvez. É o que me parece. Tu direcionar pensamentos e mostrar um molde de mundo não é um jogo de fé?

Então pessoas se juntam com suas crenças em comum, formam grupos alternativos a esta realidade, e mantém o mesmo processo, que, de uma forma ou de outra continua as afastando do princípio básico de tudo, a interação. A fluência com o mundo de uma maneira macro se perde. E de alguma maneira, se cria uma nova religião.

E a fé?

Agora tu aprendeu a andar sozinho...é o que te disseram.

E quando tu está com alguém...tu consegue dizer tudo o que tu pensa?

E quando tu está andando sozinho...tu consegue acreditar na bondade alheia?

E a fé?

Nós aprendemos a andar sozinhos...
...nós aprendemos a andar em grupo...
...e nós renovamos a fé.

Bem vindos ao mundo moderno.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Um, dois, três...


Tic tac...o relógio não para



A música rola, entra nos teus ouvidos, suavemente...cada palavra sussurrada, cada elemento vai construindo o som...e ela se desenrola harmonicamente.



Tic tac...o relógio não para



E a sexta-feira chega, precedendo dias prolongados de folga pelo feriado que está por vir...e tu enche tua cabeça de planos...programa com exatidão os passos...pra onde vai, quando vai. Tudo milimetrado para usufruir dos seus três dias de descanso.



Tic tac...o relógio não para



São sete horas da manhã e o relógio desperta...o teu sonho foi cortado no meio, mas tu nem lembra mais dele, agora o importante é manter a rotina exata para que nada saia errado pois o trabalho te espera ansiosamente.



Tic tac...o relógio não para



É um formidável almoço, saboroso e com um aroma hipnotizante...vamos lá, otimizar os minutos de intervalo para saboreá-lo enquanto o prazo não se rompe. Talvez não dê para provar aquela sobremesa que pareceu magnífica, mas haverão outras oportunidades...talvez.



Tic tac...o relógio não para



Se passou um ano, e teus vinte dias de férias serão finalmente aproveitados...rápido, faça as malas, revise seu carro, ponha-o na estrada...viaje na highway...viaje no som...ele está rolando...ele não pausa, ele é matemático...as paisagens ao redor mudam...o clima, a altitude...em vinte dias muita coisa vai mudar, mas em vinte dias tu vai voltar.







Tic tac

domingo, 6 de setembro de 2009

Viajando por ai

Seja como o ar.

Ele vai, simplesmente vai. Segue o fluxo, cria o fluxo, numa perfeita sincronia com o meio.

O ar é convergente e divergente, é liberto, é fluente, é contagiante, é envolvente.
O ar não faz juízo de valor, ele apenas toca, acaricia, interage.
Não desperdiça nada por onde passa, sempre em frente, de braços abertos ao que se apresenta.
Nunca deixa de seguir adiante, mexe, adiciona, subtrai, mas nunca pára.
O ar é o antípoda da estagnação.
Queria ser como o ar.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Veronica Shoffstall

O Menestrel

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Não sei


É um espaço tão curto.

Onde o inesperado te liberta. Onde o medo te alimenta. Onde a ambição
tenta te seduzir.

É uma voz tão suave.

Aquela que te conta a verdade. A que prestativamente te dá conselhos. A que te puxa para onde tu não quer ir.

É uma mão tão leve.

Aquela que se estende para a reverência. A que se apresenta para o afago. Que bate tão sorrateira quanto toma um punhado de ti.

É um pensamento tão frágil.

Aquele que se apresenta desarmado e aberto. O que te expõe os caminhos para o movimento...para a revolução. Que doutrina. Que tu lê aqui.



Alguém certa vez me perguntou: "O que tu realmente sabe?"...Eu parei por uns instantes a pensar e só me veio uma resposta..."Não sei."

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ZEITGEIST

ZEITGEIST - The Movie


ZEITGEIST 2 - ADDENDUM



Zeitgeist, the Movie é um filme de 2007 produzido por Peter Joseph, aborda temas como Cristianismo, ataques de 11 de setembro e o Banco Central dos Estados Unidos da América (Federal Reserve).Ele foi lançado online livremente via Google Video em Junho de 2007. Uma versão remasterizada foi apresentada como um premiere global em 10 de novembro de 2007 no 4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards.

Em 2 de Outubro de 2008 foi lançado um segundo filme, continuação do primeiro, chamado Zeitgeist:Addendum, onde se trata temas com a globalização, manipulação do homem pelas grandes corporações e instituições financeiras, e aborda a atual insustentabilidade material e moral da humanidade, apresentando o Projeto Vênus como solução para o problema.


Escute o silêncio












O que vale mais é o que te faz bem.


Até onde tu consegue perceber?


Tu tem a real noção das mudanças que estão acontecendo nesse exato momento?


O nosso corpo não prevê tempo...


Mas eu sei que tu está acostumado com isso, com cálculos....com percepção temporal. Se te tiram isso, é como te tirarem o alicerce...eu sei...eu sei.


Então vejamos...tu consegue contar os segundos...é uma grande base pra ti. É o menor intervalo de tempo que comumente tu costuma usar como parâmetro.


Pois vou te lembrar que teu corpo associa diversas informações numa fração deste tempo em que tu te apegou.


Tu pensa e...iiii, já foi. Tu toca alguém e quando tu percebe a energia e a fluência daquele gesto, o teu corpo já passou por diversas reações antes mesmo de tu figurar o que estava ocorrendo.


Nós falamos em mudanças. Pois bem. Saiba que enquanto tu está lendo isto, o teu organismo se mantém sofrendo incontáveis mudanças e reações. Algumas tu percebe...mas a maioria nem passará perto do que te é visível e palpável.


Isso é incrível...é um movimento natural. Não podemos racionalizar o movimento. A sincronicidade vai além da razão unitária. A máquina é gigantesca e tem até um nome pretenciosamente dado por nós...universo.


Existe uma ligação entre cada um desses milisegundos onde zilhões de reações acontecem paralelamente e se fundem numa construção silenciosa e habilidosamente arquitetônica.


Tu conta os segundos. É o atraso...é o adiantamento. É o nervosismo pelo que não chega. É a tristeza pelo que se vai.


Mas as coisas continuam acontecendo. O racional não sobrepõe. O racional tira férias...o racional dá um jeitinho...o racional extrai e não repõe.


A existência é cíclica e incansável. A matéria continua em movimento e interage de tal forma a nos permitir tudo...não nos impor limites e instigar para as mais profundas buscas, ao mesmo tempo que nos dá o poder da escolha...do livre arbítrio...inclusive para optarmos por sermos idiotas e nos tornarmos os maiores escravizadores da nossa própria iluminação.


Esquecemos de enxergar o micro...de ler nas entrelinhas.


A existência não esquece de nada.


Os covardes continuam com suas explicações. O universo é constante com ou sem tuas intenções.


E o que vale mais...é o que te faz bem.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ainda existe


Existe um tempo que vai além do que tuas percepções conseguem mensurar.


As vezes tu se pega a pensar naquelas situações bacanas que a existência te ofereceu como um brinde a ser celebrado.


Essas coisas mexem com algo lá dentro de ti...há muito imexido.


Em um universo com tantas diferenças, esses são sentimentos que convergem existências...a saudade, a nostalgia.


Todos os dias reprimimos nossos sentimentos...nossas sensações. Tu deixa de dizer o que precisa, pois transpõe a margem do politicamente aceito. Se cria um depósito de vontades e anseios, bem ali na tua mente e no teu coração.


Mas transpondo o processo de concreção da essência, o ser humano é provido de algo incrível que é a magia da lembrança. Recordar vai além. Recordar é um efeito desprovido de preconceito, é independente de criações, é livre de ordens e obrigações. Ele surge igualmente como se vai...num piscar de olhos.


Existem coisas naturais no ser humano...


Existem coisas espontâneas no ser humano...


Ainda existem muitas.


Reza a lenda que um dia o Criador nos colocou aqui como sua imagem e semelhança...em um estado natural de ser.


Hoje o homem cria tecnologias...cria novos homens. De carne e osso...e de metal.


Talvez pela busca de uma nova imagem e semelhança, pela sua falta de embasamento na antiga figura humana...aquela que hoje se encontra com mais facilidade em livros e ficções.


Ainda existem sonhos no ser humano...


Ele recorda...ele vive...ele anseia...ainda mantém frações da sua origem.


Ainda existem muitos assim.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O que está além...


Existe algo providencial no amor.


Algo que não existe em mais nenhum outro sentimento.


Que te toma como uma peça crescente e pulsante...de uma energia única.


Ele parece não precisar de um estímulo para aparecer.


Ele simplesmente o é.


E quando menos tu espera ele está lá.


E num só toque teu alicerce fica abalado por algo além.


Te ensinam muitas coisas. Te incutem um método de enxergar as coisas. Te oferecem uma caixinha de possibilidades para lidar com o mundo. Se cria um ser linear...indefeso.


Existe algo que quebra a barreira do ordinário...do que tu encontra nos livros, do que tentam te ensinar com palavras.


Isto cria uma reviravolta na tua mente. Isto te mantém vivo e fluente.


Isto é o que chamam de amor.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Interrogação


Até que ponto tu está disposto a mexer na tua sólida e legitimada vida?


Do que tu está preparado a abrir mão?


Qual é o teu maior medo? E até quando ele vai continuar encabeçando a lista?


O quanto tu aprende ensinando?


O quanto tu ensina aprendendo?


O que tu vê no espelho?


Tu é o que tu faz...pense nisso.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A minha dor


Hoje me machuquei mais uma vez.


Sei que quando se busca com muita intensidade, com muito fervor, a guarda fica mais vulnerável...é inevitável.


Me machuquei de novo...mas continuo aqui. Mais forte.


Aumentei minhas percepções...aumentei meu rol de dores sentidas e superadas.


Estou sozinho...neste exato momento. Tentando pensar em algo, pois simplesmente quero escrever. É mais forte do que eu. Gosto deste formato de comunicação. Descobri ser um ótimo meio de conversar comigo...sabe. Eu escrevo e as palavras me respondem pelo simples fato de estarem ali, aparentes, e continuarem ali...perpétuas.


E quando me machuco, essa comunicação se faz necessária. Me faz bem. Me entendo um pouco mais.


Todos tem seu artifício. É aquela história da busca. Estes artifícios nem sempre se apresentam instantaneamente. Aliás quase nunca.


É um universo com base na tentativa e erro.


É um universo magnífico...pelo simples fato de não ser claro. Esse caráter o torna instigador.


O que acontece é que o produto já vem prontinho. Já sabemos como funciona todo o processo...de onde vem...pra onde vai. De certa forma é o que o coletivo quer que tu acredite.


Aderir à fórmula fundamental parece o caminho mais seguro. Até os artifícios já te são vendidos por um preço bem acessível.


Existe uma estrada linear, sem perigos iminentes. Moldada com tecnologias. Protegida de surpresas desagradáveis e, por conseqüência, de agradáveis também. Ela esta ali...difundida pelos quatro cantos...ovacionada aos quatro ventos. Está tudo certo. Tu está salvo.


É difícil lidar com a dor.


Mas hoje eu me machuquei de novo...e continuo aqui, pegando carona na estrada dos andarilhos, lunáticos e refutadores.


De repente a gente se encontre. Será um prazer.

terça-feira, 26 de maio de 2009

O que tu faz


Há algo para se fazer a respeito...


Sempre há.


Sei que é o que tu quer ouvir.


Mas antes olhe ao redor...olhe a realidade que tu criou.


Sim, isso mesmo. Nada disso existe desta forma senão por tua causa. Teus olhos veem. São fotografias só tuas. 

Isso é mágico...isso é único.


É o teu modelo. É o resultado das tuas escolhas. E ele está em constante mutação, mesmo a tua estagnação gera consequência.


Existem certas coisas das quais não se pode fugir. O movimento é contínuo, cíclico.


Seguimos a tendência de não compreender isso. Em muitos casos, compreendemos...mas manter a guarda baixa, apresentar fraqueza, por vezes parece o melhor meio.


Isso chama a atenção, atrai a condolência alheia, gera palavras de conforto. Fica fácil, pois o ser humano está pobre disso....está frio.


Forma-se um caminho natural.


Então o forte se torna fraco. O corajoso se torna temeroso.


Criam-se as desculpas, buscas por soluções.


Não existe "solução", pois não existe problema.


As coisas simplesmente são!?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A espera

Eu espero por dias especiais.

Dias imprevisíveis...surpreendentes. Com brilho e uma pitada de melancolia.

Dias problemáticos...que me forcem a solucionar questões. Com desafios, com perigos.

Passagens construtivas...mas com elementos ordinários.

Uma atmosfera de compreensão, de emoção.

Um nascer de sol com fé renovada, com filosofias inovadas.

Dias iluminados...para olhar para fora e para dentro com o mesmo olhar pueril de criação, de imaginação.
Eu espero por dias especiais.

Mas sinceramente estou cansado de esperar e de receber pílulas fragmentadas de elementos, que somados não saciam a minha vontade de ir além.

Existe algo que me força a esperar...existe um universo criado para não me revelar os fatos, os atos, as consequências.

Enxergo graça nisso...nos freios da existência. Apenas não compreendo onde está o brilho na acomodação.

O que te faz parar? O que te faz abdicar das tuas buscas? O que te faz sempre ter discursos bem elaborados quando forçado a refletir sober os motivos para tanta estagnação?

É a sociedade que se criou...os compromissos agregados...a maturidade atingida...a família concebida?
Sempre existe uma frase de explicação...de conforto.

E em meio a isso tudo tu se vê esperando por dias especiais.

Na verdade tu já os tem a cada momento....a cada fotografia...mas por opção tua eles estão envoltos em uma nuvem negra que tu gentilmente permitiu estacionar por ali.

Eu cansei de esperar...de observar as coisas de maneira difusa...de não ser inteiro nos meus dias...de estar meio fluente...de estar meio feliz.

Eu cansei de esperar.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

E então?


Onde tu está agora?


Olhe para os lados...pense...pense.


Veja onde teus pés estão tocando...analise o alicerce, os elementos ao redor.


Mas me responda...onde tu está agora?


Provavelmente te ensinaram apenas um jeito de responder esta pergunta...isso tornou as minhas instruções as mais apropriadas para o momento. Então é compreensível a velocidade com a qual tu gerou a resposta.


Veja bem...estou no universo da atemporalidade da existência. Em meio a imensidão escura e sem fronteiras pré definidas que te cercam. Longe do que tu tem por óbvio, por palpável. Vou além e quero que tu vá também. Estou te inserindo no macro e te livrando do micro agora.


E dentro dessa atmosfera eu quero que tu reflita sobre esta simples questão...onde tu está agora?

terça-feira, 14 de abril de 2009

O teu mundo e o meu


Há algo entre o teu mundo e o meu.


Certamente há...aquilo que tu pensou não foi um devaneio passageiro.


Isso mesmo...não pense. Continue apenas vagando pelos mundos paralelos. Eu quero isso. Quero ver tu achar a beleza nisso.


Não existe mistério no comum....no esperado. E o que é sabido não passa de alimento para tolos.


Existe algo entre o teu mundo e o meu.


Uma dose de boas intenções é sempre bem vinda. Bem como uma pitada de boa vontade. Em alguns casos é um grande combustível. Alguns, é inegável, se mantém à base de porções medidas de filantropia esquemática. Que grande remédio. Não ouso discordar. Mas a fluência ainda está encabeçando a minha lista medicinal. Sempre preferi o ser ao dever ser, mas nenhum destes mais que o estar.


Existe, sim, algo entre o teu mundo e o meu.


Tudo bem, admito, é difícil não pensar. Pode parar de tentar por um instante... Parou? O que tu está fazendo agora? O que restou? Lendo eu sei que está, mas e se tu parasse agora com tudo, completamente tudo? Guardasse todas as coisas ao teu redor numa caixinha impenetrável. O que restaria?


Há algo sim.


Quais teus grandes desejos e anseios? Um pouco antes de restar nada tu poderá responder facilmente essa pergunta.


Quem tu é? Quando a caixa estiver cheia e fechada essa questão ficará bem clara. É quando tu vai estar vagando, simplesmente. Não indo atrás, não fugindo, não dando desculpas, apenas sendo...apenas fluindo...apenas assumindo teu papel no contexto.


Agora tu não é mais um personagem. Agora tu é protagonista de um mundo que só tu pode ver, só tu pode sentir, mas que muitos podem e vão participar.


Não restam dúvidas que existe algo muito forte entre o teu mundo e o meu.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Silêncio


A grande vantagem de se ter, é passar para a instantânea existência da possibilidade de se perder.







E acredite...isso muda todas as perspectivas.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Que seja então

A existência quer te fazer pensar além...

Esse é o plano.

Seguindo a perfeição nas suas imperfeições ela vai chacoalhando um pouco teus ideais.

Te fazendo engasgar em meio as reflexões...

Te fazendo sorrir com um olhar profundo de satisfação...

Borrando algumas páginas do teu guia básico de viagens programadas...

Tirando alguns tijolinhos dos teus muros impenetráveis...

A verdade é que algo está chegando...talvez eu te de umas dicas do que é. Mas sinceramente...

...estou doido prá ver a tua cara de surpresa e indagação.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Eu estou aqui

Existe um tempo corrente. Sempre.

Consciente e inconscientemente determinado por ti.

As noções que se tem dele são diferentes...extremamente variáveis. E isso só se põe à prova por um motivo...os diferentes universos em interação.

Tu é um universo, único.

Eu sou outro universo.

No meio de nossas histórias, talvez nos cruzemos.

Essas coisas acontecem naturalmente.

As coisas se atraem, as coisas se direcionam...tomam um rumo.

No teu espaço, no teu tempo, na tua fluência tudo se mantém em movimento.

Por ordem própria ou não, o movimento é contínuo.

As relações são contínuas.

Os acréscimos são invevitáveis.

As perdas também.

As coisas são como são...até deixarem de ser.

Depende da tua atitude. E a tua atitude depende de um estímulo.
E o estímulo é o grande resultado do inevitável choque de universos.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Chacoalhando as idéias

Nada é absoluto.


Esta realidade é que permite o equilíbrio...

...que permite as possibilidades...

...que desenha os sonhos.

Podem tentar te impor alguma grande doutrina...te darem os melhores conselhos...serem convincentes...muito eficazes...


...mas no fim o que vai realmente de livrar do tédio e te aproximar do lado divertido da vida é dentre outras coisas, a mais pura inconstância.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

As minhas ilusões

As minhas percepções alimentam constantemente um punhado de ilusões.

Em cada momento que me permito mais um pouco, em cada momento que avanço uma barreira, algo se liga, algo se conecta...e minhas percepções captam algo maior...
...se gera pelo menos uma nova ilusão.

O jeito como tu enxerga alguma coisa sempre pode mudar. O jeito que tu sente nunca é constante...existe uma contínua mutação.

Nada é concreto...nada é imutável.

Tu pode tentar manter as coisas do jeito que estão...ser inerte, ser medíocre, estagnado...mas isso é insustentável, isso vai te corroer.

Ignorar tuas ilusões é como ignorar a tua fluência...vai te enferrujar as poucos.

As pessoas falam em verdade e em realidade. Eu já entendi o que significa. Só não entendi por que mudam constantemente.

Só reconheço um mundo...o de ilusões. Onde nada é linear.

Um dia o homem resolveu seguir o caminho mais curto...a idéia era chegar ao lugar desejado com a maior economia de energia possível. Não bastando isso...um dia o homem inventou o tempo pra regular as suas ações e dos outros...poupar energia e "tempo".

O caminho mais curto afastou o homem das belezas que estão fora da trilha...fora da linha.

O caminho mais curto afastou o homem das suas ilusões.