sábado, 27 de dezembro de 2008

O teu motivo

Quero te lembrar que nem sempre tu vais conseguir explicar os teus porquês.

Todos querem respostas...

Nos pressionamos para tê-las.

As pessoas criam expectativas...e estas precisam ser preenchidas. Quando não são, deixam uma lacuna e a necessidade de um motivo exposto.

É uma bola de neve.

Se hoje eu passar por ti e não estiver disposto para dedicar um tempo a uma conversa ou quaisquer outros tipos de interação, o mais fácil vai ser tu reprovar a atitude do que entender que não consigo preencher tuas expectativas todo tempo.

É o meu tempo...

Ele corre diferente do teu tempo.

As pessoas precisam de respostas. As pessoas criam dependências. As pessoas não conseguem mais achar pequenas brechas para simplesmente serem elas mesmas em completude.

Se criou uma teia que tem emaranhado a todos.

Se criou um mundo de agrados...se criou um mundo de aparências. Se criou o mundo urbano e moderno.

Todos estão cansados de serem cobrados...

...todos cobram.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Talvez...

A tua falsa liberdade...
A tua falsa filosofia...
O teu falso humor...
O teu falso olhar...
O teu falso sorriso...
O teu falso afeto...
As tuas falsas palavras...

O mundo em que tu vive. O jogo que tu foi obrigado a jogar.

Tu tenta escapar. Tu é corajoso. Mas ele prevê isso nas regras. Ele tem dispositivos especiais para os mais destemidos. É um jogo feito para não apresentar falhas.

Tu falha....ele não.

Talvez seja assim. Talvez tu seja um personagem à margem. Mais um robô.

Ou talvez tu tenha que rebuscar as tuas regras...

...talvez tu apenas tenha esquecido de reassumir as rédeas do jogo.

O teu jogo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Ontem a noite parei em meio ao vale da Utopia com meus amigos para contemplar uma das mais lindas aparições da Lua que já tive chance de ver.

Em algum momento eu vi um clarão no céu tomando conta e logo após eu vi um cometa voando muito rápido, lindo, perfeito!

Olhei para meus amigos e els estavam voltados para o outro lado.

Eles viram a explosão e a divisão...eu vi uma das duas partes que se separaram.

Juntos nós conseguimos ver talvez a coisa mais bela que a natureza já nos proporcionou, no ambiente mais perfeito.

Agradeço a existência por nos últimos tempos estar me proporcionando coisas tão lindas.






Mas...

...e hoje, quais vão ser as cores dos teus sonhos?

Que sejam embebidas dos maiores devaneios.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A minha verdade


Eu preciso encontrar.


Preciso encontrar o lugar exato onde os meus sonhos apontam.


Parece tão agradável, tão aconchegante...cheio de vida...cheio de sentimento.


Preciso enxergar com mais clareza. Vejo lá ao fundo algo que me fascina, que me instiga...que me alimenta, como uma nova paixão crescente.


Tenho certeza que este é o lugar onde culmina todo o plano perfeito. Ainda mais agora com essas visões, essas sensações, esses receios...esses anseios.


O que me preenche......o que é lindo...o que é perfeito mesmo dentro das mais profundas e indolores imperfeições?


Sei ser verdadeiro....sei achar respostas num olhar...sei esconder o medo sabendo que ele está lá....sei que o tempo é curto e eu preciso aprender um monte de coisas legais...sei fazer do sério algo chato e banal...sei transformar coisas simples numa loucura!


Sei que algo está tomando conta...


O que acontece é que não tenho a mínima idéia do que fazer com essas certezas e disponibilidades...quando num só toque minhas estruturas ficam abaladas por algo além...por uma força que não se apresenta, apenas toma por conta o que lhe pertence, para fazer uso e enchê-lo de combustível...



...o meu coração.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O texto indeferido


Tu vive uma vida de buscas. As possibilidades te instigam. Os sonhos te alimentam. O medo te ensina.


Tu conhece pessoas, se indaga sobre milhares de questões, tenta agradar as pessoas.


A tua vida tem um lado programado. Em alguns pontos tu aceita esse lado e em outros tu sobrepõe teu contra-senso.


Tu é energético em vários momentos, mas as vezes parece cansado, como que sucumbindo à pequenas questões que já parecem não valer mais a pena.


No meio disso tudo tu continua buscando. E pessoas vem, pessoas vão. Muitas coisas deixadas, muitas coisas ensinadas.


O mundo não para de girar. O fluxo é constante.


Tu entende, mas não compreende que tudo é moldado a partir da mesma matéria prima e o que diferencia as coisas é a interação e disposição da energia gerada por essa matéria, e que daí parte a magia do universo...da mais profunda abstração.


Tu é dono de um grande legado, de muito amor e muita dor.


E o tempo que te conduziram a aceitar está ali pedindo passagem.


Ele é um mistério, uma ilusão, um mecanismo produzido para a máquina moderna funcionar como o planejado.


É inegável que ele vem conseguindo o que quer, te consumir aos poucos.


Ele está chegando ao fim, e faz questão de deixar isso muito claro.


Algumas coisas ficam claras.


Tantas buscas, tantos artifícios e todo o resultado está projetado numa pessoa.


Existe um ponto exato, ponto final. Tu olha para trás e vê uma larga história, inúmeras pessoas, matérias de todos os tipos, dinheiro, tempo, emoções, e então tu se volta para esse ponto e só vê uma coisa: tu.


Nesse momento, agora mesmo, no último momento, tudo pelo qual tu já passou é o que tu tem. Tu constrói várias coisas, conecta com várias pessoas. Mas no fim é apenas tu mesmo. E tu descobre que era aquele no espelho o teu melhor amigo...aquele que nunca viria a te abandonar.

domingo, 7 de dezembro de 2008

E então segue...


E então tu escuta o som...


Deixa tua percepção fazer seu trabalho. O ritmo vai tomando conta...contagiando.


O corpo mexe involuntariamente. Temos isso...essa conexão muito próxima com os compassos, os ritmos.


Precisamos disso. Usamos esses artifícios a todo momento.


Tudo respeita um ritmo. Isso mantém o equilíbrio.


E isso é o grande alicerce...o equilíbrio.


Todas as estruturas tem sua ordem própria. Todas estruturas estão ligadas.


Existe uma cronologia. Existe uma harmonia dentro disso tudo.


Essa cronologia é ditada pelas tuas permissões...pela tua fluência.


E ela toma conta...o som fica mais claro, as batidas, as percepções, o contato...os exatos momentos se tornam mais exatos.


O teu coração está lá...com suas batidas...como um termômetro...como teu guia.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Como tu escolheu viver?

Como tu escolheu viver?
Letra e música por J. Junior.

Por vezes penso em apenas não falar,
me tornar escravo de alguma indagação,
nossa tendência de fugir e não encarar,
mas qual a tua desculpa, qual a tua explicação?

Perto dos olhos a televisão,
um refúgio moderno prá te divertir,
eu sinto cheiro de insatisfação,
que disfarça tua culpa e teu descaso!

Prá lembrar de quanto tempo eu deixei passar em vão!

Vejo robôs de terno ao meu redor,
correndo contra o tempo sem se distrair,
tomam seus remédios que amenizam a dor,
insatisfeitos pela condição de estar ali.

Os sinos tocam e lá vem a multidão,
com suas preces pronta prá se redimir,
eu sinto cheiro de insatisfação,
que disfarça tua culpa e teu descaso!

Prá lembrar de quanto tempo eu deixei passar em vão!