segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O que vale mais é o que te faz bem.


Até onde tu consegue perceber?


Tu tem a real noção das mudanças que estão acontecendo nesse exato momento?


O nosso corpo não prevê tempo...


Mas eu sei que tu está acostumado com isso, com cálculos....com percepção temporal. Se te tiram isso, é como te tirarem o alicerce...eu sei...eu sei.


Então vejamos...tu consegue contar os segundos...é uma grande base pra ti. É o menor intervalo de tempo que comumente tu costuma usar como parâmetro.


Pois vou te lembrar que teu corpo associa diversas informações numa fração deste tempo em que tu te apegou.


Tu pensa e...iiii, já foi. Tu toca alguém e quando tu percebe a energia e a fluência daquele gesto, o teu corpo já passou por diversas reações antes mesmo de tu figurar o que estava ocorrendo.


Nós falamos em mudanças. Pois bem. Saiba que enquanto tu está lendo isto, o teu organismo se mantém sofrendo incontáveis mudanças e reações. Algumas tu percebe...mas a maioria nem passará perto do que te é visível e palpável.


Isso é incrível...é um movimento natural. Não podemos racionalizar o movimento. A sincronicidade vai além da razão unitária. A máquina é gigantesca e tem até um nome pretenciosamente dado por nós...universo.


Existe uma ligação entre cada um desses milisegundos onde zilhões de reações acontecem paralelamente e se fundem numa construção silenciosa e habilidosamente arquitetônica.


Tu conta os segundos. É o atraso...é o adiantamento. É o nervosismo pelo que não chega. É a tristeza pelo que se vai.


Mas as coisas continuam acontecendo. O racional não sobrepõe. O racional tira férias...o racional dá um jeitinho...o racional extrai e não repõe.


A existência é cíclica e incansável. A matéria continua em movimento e interage de tal forma a nos permitir tudo...não nos impor limites e instigar para as mais profundas buscas, ao mesmo tempo que nos dá o poder da escolha...do livre arbítrio...inclusive para optarmos por sermos idiotas e nos tornarmos os maiores escravizadores da nossa própria iluminação.


Esquecemos de enxergar o micro...de ler nas entrelinhas.


A existência não esquece de nada.


Os covardes continuam com suas explicações. O universo é constante com ou sem tuas intenções.


E o que vale mais...é o que te faz bem.

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