quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O que tu vê?


Os átomos, as células, as reações e interações estão lá, como partes integrantes do grande punhado de matéria prima que forma aquilo que tu vê diante do espelho. Esse emaranhado de pequenos fragmentos e propriedades decidiram o que tu iria ver. E lá está a imagem. E quem decide por eles? Quem decide por quem?


Que jogo é esse em que tu não sabe quem dita as regras? Esse jogo da vida que por vezes se torna ingrato. Ingrato com a tua vontade, com a tua disposição. Como se fosse um filme onde o roteiro te surpreende constantemente e os personagens vão sendo inseridos e retirados deliberadamente. Onde a fantasia se funde com o real, num momento em que se esclarece em tua mente a impossibilidade de determinar a exata definição de um e outro. Onde, inexplicavelmente, até as peças mais difusas e inexpressivas acabam por se encaixar perfeitamente, preenchendo no momento certo as lacunas das tuas dúvidas e devaneios. E onde no fim tudo sempre parece dar certo tornando os caminhos iluminados diante de ti.


O que te mantém vivo? Talvez seja o simples fato de ainda não ter a resposta para essa questão.

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